O Brasil caiu para a 90ª posição no ranking do Fórum Econômico Mundial que analisa a igualdade entre homens e mulheres em 144 países. O País ficou no 79º lugar em 2016. Em 2015 a posição era 85ª posição.

De acordo com o relatório, divulgado nesta quinta-feira (2), apesar de igualdade de condições nos indicadores de saúde e educação e de “modestas melhorias” em termos de paridade econômica, as mulheres brasileiras ainda enfrentam acentuada discrepância em representatividade política, o que empurra o índice do Brasil para baixo.

As brasileiras mais especificamente sofrem com baixa participação em ministérios e no Legislativo e salários mais baixos. No sub-índice “Empoderamento Político”, o Brasil caiu da 86ª posição para 110ª. Dos 513 deputados federais, apenas 51 são mulheres (10% do total).

No Senado, elas representam 13 das 81 cadeiras (16%). Já no governo do presidente Michel Temer, somente 2 dos 28 ministérios são ocupados por mulheres (7%).

O relatório diz que a renda média da mulher corresponde a 58% da recebida pelo homem – mesmo percentual registrado no ano passado. A média salarial em 2017 é estimada em US$ 11.132 (R$ 36.330) para mulheres e US$ 19.260 (R$ 62.860) para homens.

Na saúde e na educação, as brasileiras têm melhores indicadores. Para cada estudante homem do ensino superior brasileiro, elas ocupam 1,4 vaga. Já a expectativa de vida feminina é de 67,8 anos, frente a 63,1 anos da masculina.

O Brasil é o pior colocado entre as economias do continente, atrás da Argentina (33º), Colômbia (36º), Peru (48º), Uruguai (56º), Chile (63º) e México (81º). Entre os 20 mais bem posicionados, há apenas dois representantes latinos: Nicarágua, em 6º lugar, e Bolívia, em 17º lugar.

Por: Brasil 247