Deputados vão levar demanda ao secretário de Educação

Diretores de escolas da rede pública solicitaram apoio da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC), em reunião na manhã desta quarta-feira (7), para que possam continuar a exercer o cargo de professor. Atualmente, um diretor de escola pode trabalhar 60 horas semanais, sendo 40 horas na função de diretor e outras 20 horas como professor. No entanto, parecer do Ministério Público entende que os diretores de escola devam ter dedicação exclusiva de 60 horas no cargo de direção.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro), Júlio Barros, a medida abarca 57 diretores de escolas do DF. Para Barros, é um direito do diretor de atuar também como professor. "É uma questão pedagógica, precisamos ter o pé em sala de aula até mesmo para vivenciar as demandas", alega o diretor da Escola Classe 26 de Ceilândia, Antônio Carlos Souza, que participou da reunião do colegiado. Segundo Souza, a dupla função não implica aumento de gastos para o governo.

O presidente da comissão, deputado Wasny de Roure (PT), disse que apoia o pleito dos diretores, mas aconselhou a categoria a obter adesão do presidente da Casa, deputado Joe Valle (PDT). Wasny adiantou que levará o assunto para reunião que terá com o secretário de Educação, Júlio Gregório. O deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT) também manifestou apoio à causa e disse que irá, juntamente com Wasny, intermediar uma solução.

Combate à violência – Entre as propostas aprovadas pela comissão hoje (6) está o projeto (PL nº 1.515/2017), que inclui no calendário oficial do DF a Semana de Campanha de Valorização do Professor e Combate à Violência no Ambiente Escolar. "A sociedade precisa resgatar o respeito e o reconhecimento dos profissionais de ensino", justificou o autor da proposta, deputado Rodrigo Delmasso (Podemos).

A última reunião do ano da CESC será na próxima quarta-feira (13) às 9h na sala de reunião das comissões. 

Franci Moraes - Coordenadoria de Comunicação Social