Evento destacou ainda robótica e impressão 3D

Na mostra de tecnologia Brasília+TI, que acontece na Câmara Legislativa nesta semana, o desenvolvedor da R-Copter, Raphael Silveira, apresentou um protótipo do Drone Interceptor (foto), um equipamento de rádio frequência direcional que intercepta drones invasores, forçando a descida do aparelho indesejável. O Interceptor é necessário, segundo Silveira, em situações de risco que necessitam de segurança aérea antidrones, como em espaços aéreos de aeroportos e grandes eventos, por exemplo. Ele mostrou aos participantes os recentes acidentes causados por drones em várias regiões do mundo, bem como potenciais problemas gerados por esses instrumentos em rota de colisão em aeroportos, citando inclusive que o equipamento já transportou celulares para presídios, entre outros usos ilegais.

Ainda de acordo com Raphael Silveira, o mundo hoje busca diversas soluções para resolver os problemas causados por drones indesejáveis, como o caso da Holanda, que usa falcões para abater esses instrumentos. Ele lembrou que no Brasil há atualmente cerca de 24 mil drones registrados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o que representa, segundo ele, uma potencial crise no espaço aéreo.

Robótica – Também se apresentou no ciclo temático "A quarta revolução industrial" da Brasília+TI, na manhã desta quinta-feira (7), o representante da Fundação Educacional Inaciana (FEI-SP), Flávio Tonidandel, que explanou sobre o uso de robôs autônomos na indústria. Segundo ele, a tendência da indústria 4.0 é desenvolver robôs sob demanda. "A realidade da robótica são os produtos personalizados", afirmou. Tonidandel apresentou imagens da empresa Amazon, onde robôs autônomos selecionam e empacotam produtos de diversos formatos, executando o serviço sem a presença de seres humanos no espaço industrial. Os robôs autônomos serão cada vez mais colaborativos na execução de tarefas específicas, considerou o especialista, ao apontar que esses sistemas robóticos precisam de sistemas avançados de segurança e Inteligência Artificial.

Casas 3D – A quarta revolução industrial abrange também os diversos usos da impressão 3D. Nesse sentido, o empreendedor da Inova House3D, Marcus Leite, cuja empresa desenvolve elementos 3D para construção civil, citou que essa impressão ganha espaço nas áreas de arquitetura, por meio de maquetes, na saúde, através da confecção de próteses, na automobilística, produzindo peças personalizadas e no setor aeroespacial, em que aeronaves inteiras têm sido produzidas por 3D. Segundo ele, hoje há projetos na construção civil em que as impressoras em formato grua são capazes de imprimir casas em até 24 horas. 

Marcus Leite contou que a Inova House3D surgiu como startup em Brasília em 2015, sendo que a equipe foi finalista de um concurso mundial nessa área na Dinamarca. Desde então, o grupo de sete jovens, com idades entre 19 e 25 anos, enfrentou muitos desafios, como a adoção de um modelo de negócio para tecnologia disruptiva no mercado consolidado da construção civil. Hoje a empresa desenvolve um protótipo de casa 3D em parceria com o Senai. "Temos orgulho de ser brasilienses, já tivemos várias propostas para sair daqui mas acreditamos na capacidade empreendedora do DF", afirmou.

Premiação – O setor de TI na economia local é o foco da mostra, que durante esta tarde apresenta palestras sobre tecnologias e política nas salas de reuniões das comissões da Casa. O evento se encerra hoje, às 19h, com a entrega do prêmio Sinfor de TI 2017 no auditório da CLDF. 

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Franci Moraes - Coordenadoria de Comunicação Social