Abrantes criticou falta de transparência do GDF

O deputado Cláudio Abrantes (sem partido) apresentou na sessão ordinária desta terça-feira (13) um requerimento de convocação da secretária de Planejamento do GDF, Leany Lemos, para prestar esclarecimentos sobre a nomeação de aprovados em concursos públicos de diversas carreiras. Vários parlamentares cobraram do GDF a apresentação de um cronograma de nomeações. Por causa da legislação eleitoral, as nomeações têm que ser feitas até 6 de abril.

Na opinião do deputado Cláudio Abrantes, os aprovados em concursos públicos esbarram na inércia e na falta de transparência do governo. "A secretária de Planejamento tem que vir à Casa para falar aos deputados e aos aprovados nos concursos quando serão feitas as nomeações", assinalou o distrital. Abrantes pediu o apoio dos colegas na aprovação do requerimento e destacou que pelo menos nove dos 24 deputados são concursados.

Representantes de alguns grupos de aprovados em concursos públicos acompanharam a sessão das galerias e pediram a aprovação da convocação da secretaria ainda na tarde desta terça-feira. O grupo de aprovados da secretaria de Cultura portava faixas afirmando que o órgão tem 400 cargos vagos e somente 12 nomeações recentes.

Contratação - Já o deputado Bispo Renato Andrade (PR) comemorou o anúncio da contratação, pelo Governo do Distrito Federal, de 258 enfermeiros e 700 técnicos de enfermagem aprovados em concursos. E convocou concursados de outras áreas a comparecerem nesta quarta-feira (14), a partir das 9h, em frente ao Palácio do Buriti, para exigir que estes também sejam contratados. "A Câmara Legislativa aprovou recursos da ordem de R$ 100 milhões com este fim", completou.

Sobre o assunto, o líder do governo, deputado Agaciel Maia (PR) lembrou que a emenda votada pelos distritais faz com que esse montante seja exclusivo para contratações. "Estamos aguardando a publicação do calendário para a chamada de concursados", informou.

Sobre a chamada dos aprovados, o deputado Reginaldo Veras (PDT) lembrou que o Distrito Federal já se afastou do limite de gastos com pessoal imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "Por isso, vamos continuar pressionando o GDF para que ocorra a contratação", declarou.

Detran – Servidores do Detran, em greve desde ontem, também receberam apoio de vários deputados e acompanharam a sessão. Os servidores cobram o cumprimento de acordo firmado com o governo. O deputado Wellington Luiz (PMDB) anunciou que não votará projetos do governo até que o governo atenda as reivindicações dos servidores. Também manifestaram apoio os deputados Bispo Renato (PR), Wasny de Roure (PT), Cláudio Abrantes e Chico Vigilante (PT), entre outros.

Violência – Chico Vigilante também ocupou a tribuna para reclamar dos índices de violência, especialmente na Ceilândia. O deputado destacou o caso ocorrido hoje, quando uma mulher saltou de um ônibus para fugir de um assalto e acabou sendo atropelada e morta. Para ele, a situação é gravíssima e exige um combate mais efetivo por parte do governo. Na opinião de Vigilante, a população sofre com o crescimento da violência, enquanto o governo diz que a criminalidade está diminuindo.

O deputado Rodrigo Delmasso (Podemos) voltou a defender a valorização da família como saída para diminuição da violência. Para ele, os casos recentes de violência apresentam a desestruturação familiar como raiz. "A sociedade está se deteriorando nos seus princípios e valores. A juventude de hoje clama por boas referências", analisou. Delmasso cobrou que os candidatos ao GDF nas próximas eleições apresentem propostas de políticas públicas de valorização da família.

O deputado Raimundo Ribeiro (PPS) lembrou que a Câmara aprovou recentemente uma Lei que aprova a volta da disciplina Educação Moral e Cívica nos currículos das escolas do DF. O governador vetou a lei, mas a Câmara derrubou o veto e promulgou a nova legislação. Segundo Ribeiro, a disciplina pode contribuir para a formação dos jovens.

Luís Cláudio Alves e Marco Túlio Alencar
Fotos: Carlos Gandra
Comunicação Social – Câmara Legislativa