Operação (12:26), da Polícia Civil, coloca o irmão do governador no centro de um escândalo gravíssimo; organização atua dentro do Palácio do Buriti.

A semana passada atingiu a imagem do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) com a deflagração de investigação desvendando graves denúncias de uma suposta organização criminosa que atuava dentro do Palácio do Buriti. A Operação (12:26), da Polícia Civil e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), mostra que o próprio irmão do governador, Guto Rollemberg, é o ponto focal de organização que agia dentro do governo. Os investigadores falam em indícios da prática de corrupção.

Se a semana anterior desmoronou o discurso ético do governador, a semana que se inicia deve ampliar o escândalo. A medido que avança as investigações, são conhecidos fatos mais graves da organização criminosa. Não são descartadas prisões dos envolvidos. Com o avanço das investigações, o governo deve responder a uma ação penal imediata.

Deputados distritais já pensam criar ainda nesta semana a CPI das Mãos Sujas, na Câmara Legislativa, para aprofundar as investigações de tráfico de influência contra Guto Rollemberg.Os parlamentares agendaram, para hoje (13), às 15h, na reunião do Colégio de Líderes da Câmara Legislativa, um encontro com todos os deputados para debater a denúncia de tráfico de influência e outros crimes envolvendo o irmão do governador.

Rollemberg sofreu um baque muito grande com as notícias de tráfico de influência de gente próxima a ele, algumas delas instaladas no gabinete ao lado, na Casa Civil. Outras, como o próprio irmão. Assessoria já começam a rever o rumo da campanha à reeleição. Eles avaliam o risco das denúncias pois elas teriam como origem antigos correligionários. São pessoas que trabalharam diretamente com o governador que estão contribuindo para a operação.

A tática do governo, até o momento, é o desqualificar o trabalho sério da Polícia Civil e do Ministério Público. O governo sempre teve simpatia de alguns integrantes do MPDFT, que se movem para passar panos quentes nas denúncias, mas a maioria dos procuradores e promotores são contrários a esconder as investigações. É preciso que seja tudo apurado, sem pressões políticas em cima das duas instituições.

Fonte: NBN Brasil