Da tribuna, alunos do Marista João Paulo II defenderam suas propostas.

Alunos do 8º ano do colégio Marista João Paulo II protagonizaram sessão simulada no plenário da Câmara Legislativa nesta terça-feira (13). Há meses eles começaram a pensar sobre os temas dos projetos de lei que seriam apresentados, discutidos e votados hoje, segundo a orientadora pedagógica do colégio, Débora Camargos. A maioria das proposições dos 76 alunos, na faixa etária de 12 a 13 anos, focou questões sociais, como a proposta apresentada pela estudante Manoela Vieira para inserir o ensino de educação política nas escolas. "É preciso que as pessoas conheçam seus direitos e deveres", argumentou a menina de 13 anos. Entre outras temáticas, os estudantes abordaram direitos de casais homoafetivos, medidas inclusivas para autistas e convivência com animais, além de preocupações com o meio ambiente.

A sessão simulada foi o ponto alto do projeto "Educação para Cidadania", realizado pelo Marista em parceria com a Escola do Legislativo (Elegis) da CLDF, que desenvolve o projeto "Conhecendo o Parlamento". Débora Camargos explica que, embora exista há três anos, esta é a primeira vez que os alunos realizam uma sessão simulada no plenário da CLDF, antes eles se restringiam ao auditório da instituição de ensino, que fica na Asa Norte. Em trajes formais, muitos de terno e gravata, os estudantes atuaram como parlamentares na sede do Legislativo local. "Esta experiência foi fantástica porque a simulação no plenário contribuiu para que eles se sentissem deputados", avaliou a orientadora. Ela acredita que "a ação cidadã do projeto impacta não apenas os alunos, como também as pessoas com as quais eles convivem diretamente". Pais de alunos assistiram à sessão da galeria.

Aprendizado – Contestadora, a aluna Karine Bloch, de 13 anos de idade, debateu vários projetos apresentados, questionando, entre outros aspectos, a origem das verbas para a execução das propostas. "A política depende da forma como é praticada", disse, ao citar como exemplo de prática negativa o uso de fake news nas últimas eleições.

Todas as matérias foram discutidas e encaminhadas para votação, feita por meio de cartões coloridos e votos abertos. O rito da sessão foi conduzido por uma Mesa Diretora também formada pelos próprios alunos. De acordo com Vanessa Aragão, servidora da Elegis, esta é a segunda vez que ocorre uma sessão simulada com estudantes. "Trata-se de uma aprendizagem efetiva", resumiu. 

Franci Moraes

Fotos: Rinaldo Morelli/CLDF

Comunicação Social – Câmara Legislativa