Depois do prazo, usuário não terá de pagar para continuar conectado, mas sinal ficará mais fraco. Promessa é de entregar novidade em até 100 dias.

Por Gabriel Luiz, G1 DF

Usuário tenta, mas não consegue conectar a sinal de wi-fi na Rodoviária do Plano Piloto — Foto: Reprodução/TV Globo

O projeto de wi-fi grátis do governo Ibaneis Rocha (MDB) para o Distrito Federal será livre por apenas uma hora, informou ao G1 o secretário de Tecnologia, Gilvan Máximo. Segundo ele, depois desse prazo, o usuário não vai precisar pagar para continuar conectado, mas o sinal ficará mais fraco.

“A ideia é disponibilizar internet para o público de transbordo, que está de passagem pelo local, como a Rodoviária [do Plano Piloto]. Não é feito para a pessoa ficar baixando filme, por exemplo.”

A promessa do GDF é de fazer a entrega do sinal livre em até 100 dias, em áreas como rodoviária, Parque da Cidade, feiras, ônibus e metrô. “Os ônibus, por exemplo, já têm esse sistema disponível, só não estão ligados”, declarou o secretário.

De acordo com o secretário, em até 30 dias, será feito um chamamento de empresas interessadas em entregar o serviço. Elas terão de apresentar uma prova de conceito: uma espécie de teste para mostrar que podem tirar a ideia do papel.

A orientação do governo é fazer com que a empresa contratada seja responsável por garantir todo o serviço. “As outras gestões pagaram R$ 13 milhões na compra de equipamentos de wi-fi. Não vamos comprar um aparelho que daqui a dois anos vai estar ultrapassado para ter que comprar de novo”, explicou Gilvan Máximo.

“Vai ter uma cláusula no contrato. Se não entregar o esperado, a empresa vai ser desabilitada.”

“Em um segundo momento, vamos avaliar como vai ser a contratação. Se será por licitação, parceria público-privada ou concessão. Vamos escolher o melhor modelo”, afirmou o secretário.


O secretário de Tecnologia do DF, Gilvan Máximo — Foto: Reprodução/TV Globo

Sinal livre

O programa foi lançado em 2013, durante o governo de Agnelo Queiroz (PT). Ao todo, o GDF investiu R$ 26,7 milhões na época em serviços como contratação de infraestrutura, equipamento, instalação de softwares, manutenção, monitoramento e suporte. A promessa era de entregar o sinal até a Copa do Mundo.

Depois, um relatório do Tribunal de Contas de 2016 apontou falhas como interrupção ou intermitência do sinal, pontos de acesso não instalados e contratação de velocidade acima da considerada necessária por parte do GDF.