Homenagem proposta por Roosevelt Vilela

"Quando se houverem acabado os soldados do mundo – quando reinar a paz absoluta – que fiquem pelo menos os fuzileiros como exemplo de tudo de belo e fascinante que eles foram!", escreveu Rachel de Queiróz, escritora e primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras. Da mesma forma que a escritora, a Câmara Legislativa homenageou nesta terça-feira (30) os fuzileiros navais pelo aniversário de 211 anos da categoria. A sessão solene aconteceu no Plenário da Casa, por iniciativa do deputado Roosevelt Vilela (PSB), em conjunto com a Associação de Veteranos do corpo de Fuzileiros Navais (AVCFN).

"O reconhecimento da sociedade muito nos honra e incentiva", disse o presidente nacional da associação, contra-almirante Nélio de Almeida. O fuzileiro a pedido do comandante-geral enfatizou os projetos sociais da corporação. As duas maiores iniciativas, de acordo com ele, são o Força no Esporte, que tem quase 30 mil jovens atendidos, e o Um Dia de Marinheiro e Fuzileiro para crianças especiais e suas famílias.

De acordo com o parlamentar, atualmente são cerca de 18 mil fuzileiros navais no país e o Distrito Federal possui mais de 800. "Quando jovens, ingressamos voluntariamente no Corpo de Fuzileiros navais e juramos defender a pátria, mesmo que com sacrifício da própria vida. Vigilantes na paz e na guerra sempre na vanguarda estamos prontos para responder "adsumus!", diz nota dos fuzileiros da AVCFN.

"Adsumus" é o lema dos Fuzileiros Navais. É um termo de origem latina que significa "Aqui Estamos!", "estar presente", "estar junto" e por extensão, significa um sentimento de permanente prontidão, explicou Roosevelt.

O contra-almirante Carlos Chagas, que se intitula "o fuzileiro naval mais antigo servindo Brasília", contou a história de como os fuzileiros navais vieram para a capital. Segundo Chagas, os fuzileiros realizaram a Operação Alvorada I, feita a pé, a operação tinha o objetivo de trazer a mensagem do então Ministro da Marinha ao Presidente da República, JK. O contra almirante acrescentou que "a partir daí o corpo de fuzileiros navais nunca mais saíu da capital". Ele ainda explicou que existem três contingentes dos fuzileiros navais, encontrados no Rio de Janeiro, no Amazonas e em Brasília.

O comandante do sétimo distrito naval, vice-almirante Wladmilson Borges, representando a Marinha do Brasil, falou da importância dos fuzileiros navais. Ele comparou os fuzileiros com jogadores de futebol, "Os fuzileiros são aqueles jogadores de futebol que podem jogar em qualquer posição". E ainda acrescentou que o jargão utilizado pela Marinha quando necessita resolver um grande problema é: "Chamem os fuzileiros".

Após o hino dos fuzileiros navais, tocado pela banda de música da corporação, o deputado Roosevelt parabenizou o grupo por ser uma banda pequena e tão requisitada. "É uma honra receber a banda que mantém e perpetua nossos costumes, nossa doutrina".

Karine Teles (Estagiária)
Foto: Silvio Abdon/CLDF
Núcleo de Jornalismo – Câmara Legislativa