Em pronunciamento, Agaciel Maia contestou as afirmações de que a reforma da previdência resolverá os problemas da economia brasileira.

Um dos assuntos mais comentados pelos deputados distritais na sessão ordinária da Câmara Legislativa do Distrito Federal desta quarta-feira (2) foi aprovação no Senado Federal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da previdência. Vários deputados utilizam a tribuna para tratar do assunto e criticar a proposta.

O deputado Agaciel Maia (PL) comemorou a aprovação de um destaque que evitou a redução do abono salarial. Para ele, o abono é muito importante, especialmente para as pessoas que mais precisam. Maia contestou as afirmações de que a reforma da previdência resolverá os problemas da economia brasileira. Para ele, estas afirmações são falsas, pois existem outros problemas mais graves, como a dívida interna e até mesmo os devedores da previdência. "Esta reforma só atrapalha a vida dos trabalhadores mais humildes. Ontem houve um pequeno avanço com a preservação do abono", completou.

Já a deputada Arlete Sampaio (PT) criticou os dois senadores do DF que votaram a favor da reforma, Reguffe (Podemos) e Izalci Lucas (PSDB). Da bancada local, apenas a senadora Leila Barros (PSB) votou contra a proposta. Na opinião da distrital, a reforma não resolve nenhum problema do Brasil, que, segundo ela, "se situa no pagamento de juros da dívida interna". "Temos uma economia e um governo que trabalha para os rentistas. Prova disso é que mesmo com a aprovação no Senado, a bolsa caiu", concluiu.

O deputado Chico Vigilante (PT) classificou a reforma previdenciária como "maldita". O deputado lamentou que vários trabalhadores de algumas categorias, como os vigilantes, perderão o direito à periculosidade com a reforma. Segundo ele, o senador Paulo Paim (PT-RS) quase conseguiu aprovar um destaque mantendo o benefício. A ideia agora é tentar restabelecer a periculosidade na chamada PEC paralela. Vigilante elogiou a senadora Leila Barros pelo voto contrário à reforma.

O deputado Fábio Felix (PSOL) reforçou o coro e criticou os senadores do DF que votaram a reforma da previdência, especialmente o voto do senador Reguffe.

Cortes – A deputada Arlete também destacou sua participação em ato político na UnB para discutir o corte de verbas na educação, ciência e tecnologia, assunto já discutido em audiência pública na CLDF. "Um governo que despreza a educação e que tem como objetivo o desmonte das universidades brasileiras não contribui para que o Brasil se transforme numa potência", justificou.

LGBT – Ainda nesta quarta-feira, o deputado Fábio Felix informou que a deputada estadual do Rio Grande do Sul Luciana Genro estará amanhã na Câmara Legislativa, a partir das 16h, na sala da Escola do Legislativo, para apresentar um relatório sobre violência contra população LGBT. O relatório foi elaborado por uma comissão especial da Assembleia do RS presidida por ela.

Luís Cláudio Alves
Fotos: Figueiredo/CLDF
Núcleo de Jornalismo – Câmara Legislativa