Novembro é o mês mundial ao combate do câncer de próstata, então resolvemos abordar o tema de forma direcionada aos nossos leitores. Primeiramente, temos que derrubar dois mitos, e vai uma boa notícia: Sexo anal não provoca câncer de próstata. Infelizmente, alguns homofóbicos chegam a propagar isso. Segundo: Sexo anal não previne o câncer de próstata, como querem acreditar algum. Tendo dito isso, se você tem mais de 50 anos (Mais de 45, se for afrodescendente ou tiver histórico de câncer de próstata na família), deve fazer o teste da próstata anualmente, e analmente, descupem o trocadilho, com o seu proctologista ou urologista.

O câncer de próstata mata um homem a cada 40 minutos no Brasil. Considerada uma doença silenciosa, de metástase rápida, é preciso ser vigilante. Dificuldades ao urinar e muitas idas ao banheiro podem ser sinais de alerta. Com o diagnóstico precoce, por meio do exame de toque, as chances são de mais de 90% de cura.

Mas alguns procedimentos, como a retirada da próstata, ou o tratamento ao câncer, podem afetar diretamente a qualidade de vida dos homens gays com maior força. Isso porque, além da área afetada ser interditada temporariamente, o sexo anal exige uma maior rigidez do pênis do que o sexo vaginal, por isso a penetração pode ser afetada, apontam os cientistas.

Um estudo da American Urological Association (AUA), de 2011, com 92 homens gays dos EUA e do Canadá, apontou que a doença tem um impacto maior na qualidade de vida de homens que fazem sexo com homens do que no resto da população. A perda da libido, da rigidez peniana ou mesmo a pausa no sexo afetaram mais os pacientes homoafetivos do que os homens heterossexuais.

Apesar de a funcionalidade sexual após o tratamento descontentar mais a comunidade gay, como o descontentamento com a ejaculação, por exemplo, no mesmo estudo, os gays se mostraram mais otimistas do que os heterossexuais quanto ao sexo em si após o tratamento. O gays também manifestaram menos medo sobre a reincidência do câncer de próstata.