Das 29 escolas públicas da RA, mais de um terço está em reformulação. São serviços como troca de telhado e forro, manutenção em caixa d’água, pintura de sala e conserto de alambrados, entre outros.

A Secretaria de Educação aproveitou o período sem aulas para deixar as escolas públicas ainda mais confortáveis. A determinação é realizar obras enquanto as unidades estão vazias. Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

No dia 11 de março o governador Ibaneis Rocha decidiu interromper as aulas em todo o Distrito Federal para impedir que o coronavírus contaminasse a classe estudantil. O decreto tinha validade de cinco dias, mas o prazo foi ampliado. A medida ocorreu com um mês de ano letivo. A Secretaria de Educação, então, fez desse limão uma limonada. Aproveitou o período sem aulas para deixar as escolas públicas ainda mais confortáveis. A determinação é realizar obras enquanto as unidades estão vazias.

É assim que tem sido no Recanto das Emas. Das 29 escolas públicas, mais de um terço está em franca reformulação. Os serviços variam de acordo com a necessidade de cada uma. Troca de telhado e forro, de piso, manutenção em caixa d’água, pintura de sala, conserto de alambrados, reconstituição de rede hidráulica e elétrica. São alguns dos serviços mais executados pela Coordenação Regional de Ensino nas unidades. As medidas estão inclusas no contrato de manutenção. Ou seja, sem ônus extra.

No Centro de Ensino Fundamental 206, por exemplo, o contrato de manutenção cobriu um estacionamento de carros e a troca do piso da quadra poliesportiva. Agora, em vez de barro, os carros vão estacionar em cima de uma pavimentação de concreto. “Muito provavelmente a gente não conseguiria fazer essa obra com recursos da própria escola pelo custo. E o contrato de manutenção serve para isso”, afirma o coordenador regional do Recanto das Emas, Leandro Freire.

O CEF 206 ganhou, ainda, uma rampa de acesso à entrada da escola. A passagem também tem uma cobertura. Os estudantes, quando voltarem, não terão de esperar o transporte ou os pais debaixo de chuva ou em meio à poeira. “Isso aqui tinha barro. Lama. Empoçava. Horrível”, conta o vice-diretor, João Lúcio Duarte. Maria Ignez, lotada na escola há 14 anos, resume a importância da obra: “Excelente. Há muito tempo venho pedindo isso”.

Mas não é só para fora do portão que ocorrem as benfeitorias. O CEF 206 está adaptado à legislação brasiliense que proíbe o uso da sirene em escolas para não incomodar os estudantes autistas. Os avisos de final de aula e intervalo agora são dados por música. O repertório é escolhido por uma equipe pedagógica, que obedece a faixa etária das turmas: que são de 11 a 17 anos no período diurno e até 70 anos à noite. 

Além de sofisticação, o colégio também incrementou a parte da segurança. A direção instalou 12 câmeras nas principais áreas. Tem no estacionamento, nos corredores, na parte administrativa e na entrada. Outra medida foi tomada para evitar surpresas como a entrada de um criminoso que se passou por estudante e levou o celular de um servidor no ano passado. A secretaria fica num espaço entre o portão e a grade de acesso às salas. Evita, assim, que qualquer pessoa adentre à escola.

Nesta segunda rodada de reformas, a Coordenação Regional de Ensino resolveu se presentear com melhorias em sua estrutura física. Situada na Quadra 203 da Avenida Recanto das Emas, a mesma empresa que realiza obras em outras escolas da cidade, via contrato de manutenção, a Construtora Burity, trocou piso, forro e refez a rede elétrica da Regional. Além disso, aproveitou para fazer os mesmos reparos na Escola Classe 203, que ocupa uma parte do mesmo prédio onde fica a Coordenação. “O prédio está novinho, mas precisava só desses reparos. Então, aproveitamos para cuidar da nossa casa”, explicou Leandro.