Foto: Renan Lisboa (estagiário)/Agência CLDF

Max destaca que pesquisa da Secretaria de Segurança Pública indica que, dentro das escolas, a sensação de insegurança cresceu 88% entre os alunos e 176% entre os servidores.

Da tribuna da Câmara Legislativa, na sessão de hoje (27), o deputado Max Maciel (Psol) defendeu que o modelo de escola militarizada “não funcionou e não se sustenta”. O distrital usou dados da mais recente pesquisa da Secretaria de Segurança Pública sobre o assunto para questionar a manutenção dessa gestão compartilhada na educação do Distrito Federal.

Conforme informou, a última “Pesquisa da Situação Escolar” foi realizada pela SSP/DF em 2022, com o intuito de avaliar a dinâmica escolar e o comportamento dos estudantes nas quatro escolas cívico-militares pioneiras do DF. O levantamento tem sido feito desde 2019, e o parlamentar fez questão de analisar e comparar os dados de 2019 e de 2022.

Max Maciel citou que, no primeiro ano, 2,33% dos militares achavam que as escolas tinham se tornado um lugar pior para estudar. Em 2022, esse índice saltou para 33%: “Foi um crescimento de 1.330% dos próprios militares dizendo que a escola virou um lugar pior para estudar”.

Outro dado destacado pelo deputado diz respeito à sensação de insegurança nas imediações dos centros de ensino: de acordo com a pesquisa, o índice cresceu 111% entre os professores e 128% entre os estudantes. Dentro das escolas, a sensação de insegurança cresceu 88% entre os alunos e 176% entre os servidores.

Max Maciel apontou, também, que os casos de violência sexual dentro das escolas cresceram 258% entre 2019 e o último ano. Além disso, a pesquisa da SSP/DF revela ainda que, em todos os anos, a relação com os militares piorou e a agressividade aumentou.

“A escola militarizada custa mais dinheiro para os cofres públicos que a regular. Não faz sentido continuar pagando por esse modelo”, concluiu o distrital.

Denise Caputo - Agência CLDF