Durante a CPI, o deputado Pastor Daniel de Castro apresentou o vídeo da entrevista do Presidente Lula, no qual o presidente questiona o Ministro do GSI, afirmando: "Alguém de dentro do palácio abriu a porta para eles... só pode ser conivência de alguém que estava aqui dentro." O deputado seguiu com seus questionamentos.
O parlamentar também defendeu a atuação da polícia militar do Distrito Federal, declarando: "Chega de atribuir tudo ao Distrito Federal e à PMDF, tentando ocultar possíveis omissões, negligência ou culpa do governo federal. Além disso, o alto comando está detido, após terem ido para a linha de frente, feridos e quase mortos. Onde está o General do Lula? O pessoal do GSI está livre, passeando."
Durante seu depoimento, o Major explicou que permitiu que os manifestantes pegassem água "para acalmar os ânimos". Segundo ele, quando entrou no corredor em frente ao gabinete presidencial e encontrou a porta arrombada, viu um cidadão e outra manifestante, que não pareciam representar uma ameaça iminente naquele momento.
Ao entrar na copa e abrir a porta, três manifestantes muito exaltados e hostis apareceram, perguntando sobre sua função e o que havia no local. Ele respondeu que não havia nada além de água. O manifestante mais exaltado pediu uma garrafa de água, e o Major, na tentativa de acalmar a situação e evitar problemas maiores, considerou razoável permitir que eles pegassem a água e deixassem o local sem incidentes adicionais.
Sessão da CPI desta segunda
A sessão da CPI que ouve Natale foi adiantada para o início da semana por conta do feriado de Nossa Senhora Aparecida, na próxima quinta-feira (12/10). Antes da oitiva, os deputados distritais votaram e aprovaram dois requerimentos. O primeiro, de Thiago Manzoni (PL), requer a convocação do coronel Sandro Augusto de Sales Queiroz, ex-comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional.
O requerimento repete estratégia da direita na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1 no Congresso Nacional, que também tentou essa convocação, como meio de responsabilizar a Força Nacional de Flávio Dino pelos atos violentos. Na CPMI, o requerimento foi rejeitado.
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