
O ex-presidente Jair Bolsonaro não irá ao julgamento marcado para esta terça-feira, 2 de setembro de 2025, na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que apura a suposta trama de golpe de Estado. Segundo os advogados Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno, prevaleceu a orientação médica para que o ex-presidente, em prisão domiciliar desde 4 de agosto, acompanhe as sessões à distância. A informação foi confirmada pela defesa.
De acordo com os defensores, Bolsonaro manifestou o desejo de comparecer, mas o quadro de saúde — com crises de soluços, refluxo e tratamento para hipertensão — motivou a decisão de ausência presencial. Em 16 de agosto, ele deixou a residência apenas para realizar exames autorizados pela Corte.
O julgamento terá oito sessões previstas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, com turnos matutinos e vespertinos conforme agenda da 1ª Turma. A análise será transmitida pela TV Justiça e pelo canal do STF no YouTube.
Bolsonaro e outros sete réus respondem por organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio público tombado. As acusações, em tese, somam penas que podem ultrapassar 40 anos.
Aliados próximos relataram que o ex-presidente está “sereno”, mas ainda enfrenta sintomas persistentes. A presença dos réus não é obrigatória; parte deles deve acompanhar os trabalhos por videoconferência ou pela transmissão oficial, enquanto alguns podem ir ao STF conforme orientação de suas defesas.
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